Ontem, em sede de reunião de câmara
foi aprovado pela maioria socialista um subsídio no valor de 10.000 euros a uma
associação cultural, formada em outubro de 2014 ( há três meses atrás), de nome
Krisálida.
Os considerandos que estão na base
desta proposta, são pouco claros. O presidente da Câmara municipal de Caminha
acabou por assumir em reunião de câmara que é, segundo palavras suas, “ uma
espécie de prestação de serviços” e que tem o seu “ cunho político “.
Isto é uma situação muito grave
pelos motivos que passamos a enumerar:
- Se é uma espécie de prestação de
serviços deveria haver concurso público, e não houve;
- Existem inúmeros grupos de teatro
no nosso concelho, com anos de história que , por este valor, não se
importariam de fazer também um protocolo;
- Existem professores de expressão
dramática em escolas do nosso concelho que não conseguem completar horário. Seria
uma boa ajuda integrá-los em AEC’s e promover assim, o teatro ainda mais.
- Existem protocolos com outras
associações que não estão a ser cumpridos, às
quais não lhes pagam o valor respetivo e fazem mais uma atribuição de
subsídio e protocolo a juntar a tantos outros que têm vindo a reunião de câmara
de forma avulsa e sem objetivo estratégico definido;
- Existem associações e clubes no
nosso concelho a passar por enormes dificuldades financeiras e esta associação
em três meses leva um subsídio de 10.000 euros para casa.
Não temos nada contra esta
associação em particular, mas contra o cunho político pessoal do presidente da
Câmara Municipal de Caminha , naquilo que se afigura como mais uma “espécie de
prestação de serviços” sem concurso público, camuflado sob a forma de
subsídio. Não podemos deixar de
mencionar que votamos contra esta proposta, porque primeiro estarão sempre as
associações e os clubes com história e trabalho demonstrado no nosso concelho.
No entanto, foi aprovada pela maioria socialista.
PSD Caminha
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